terça-feira, 17 de maio de 2011

Texto da Semana 17/5 - ..."Porém os nossos olhos estão postos em ti." (2Cr 20.12, parte "c")

..."Porém os nossos olhos estão postos em ti." (2Cr 20.12, parte "c")
Alguns dias atrás, uma amiga muito querida fez aniversário. Naquela ocasião eu telefonei para cumprimenta-la e lhe desejei um ano repleto de vitórias e conquistas. Depois que pensei nas palavras que eu havia pronunciado, percebi o óbvio: para se ter vitórias é necessário vencer guerras. Nas minhas congratulações acabei desejando indiretamente que ela enfrentasse muitas batalhas!!! Interessante notar que, se existe uma coisa certa na nossa existência é a de que nos depararemos com combates muitas vezes tenebrosos. O próprio Senhor Jesus nos disse que no mundo teríamos aflições (Jo 16.33). Mas que bom que o versículo não pára por aí! "Tendes bom ânimo, eu venci o mundo", nos indica que através Dele nós seremos sempre vitoriosos.

Se é certo que a peleja vem, o que devemos fazer nos momentos em que ela nos alcança? Qual é a atitude que nos fará reagir de maneira a obtermos a vitória garantida pelo Senhor, conforme afirma o versículo de João citado acima? Longe de querer criar um manual de regras de sobrevivência em batalhas ou de tentarr esgotar o assunto, acredito que os exemplos bíblicos servem de bússula calibrada a nortear os nossos passos também nessa questão. Então, vamos juntos analisar o que aconteceu na passagem de 2Crônicas 20.

O versículo-tema deste texto está inserido em dos episódios mais deslumbrantes no que se refere à forma como o povo obteve vitória. Josafá era um rei muito temente a Deus (2Cr 17.3-6). Ele O agradava de maneira tal que os demais reinos das terras em volta de Judá não guerreavam contra ele por "temor do Senhor" (2Cr 17.10). Acontece que Josafá resolveu se "aparentar" com o rei Acabe (2Cr 18.1-34), rei impio a quem o Senhor aborrecia (2Cr 19.1). Isso desagradou sobremodo ao Senhor que permitiu que ele enfrentasse, ainda que de forma muito incomum, uma guerra contra um povo forte e numeroso (2 Cr 20.1,2), os filhos de Moabe e Amom e alguns dos meunitas.

A estratégia que Josafá escolheu para reagir à guerra foi sobremaneira excelente e determinou a sua vitória. Além dele entender que aquela situação era de alerta extremo, porque a Bíblia fala que ele teve medo, ele tomou a atitude mais sensata e eficaz para situações desse tipo: pôs-se a buscar ao Senhor (2Cr 20.3). Mas não foi de qualquer maneira que ele fez isso. Foi com qualidade! Com o desejo real de encontra-Lo, pois essa era a única maneira para vencer aquele embate. Ele apregoou um jejum convocando toda a nação de Judá e pediu socorro ao Senhor através da oração. E que oração! Nela, ele reconheceu a soberania e poderio do Senhor (2Cr 20.6); ele argumentou em defesa do seu direito de posse sobre a terra (2Cr 20.7); ele recorreu a autoridade que havia sobre o Templo onde estava (1 Rs 8:22-53), lugar consagrado onde a presença do Senhor é garantida (2Cr 20.9); ele descreveu a situação de ameaça que urgia (2Cr 20.10 e 11); ele apelou para o caráter julgador de Deus (2Cr 20.12, parte "a"); ele reconheceu a sua limitação para vencer o forte inimigo que se aproximava (2Cr 20.12, parte "b"); e o mais importante, ele depositou toda a sua confiança inteiramente no Senhor (2Cr 20.12, parte "c").

A confiança em Deus se assemelha a uma linha de cerzir que deve percorrer todas as atitudes que tomamos no ato de "buscar a Deus". Ela deve influenciar o começo, o meio e o fim daquilo que escolhermos fazer nessa procura. De fato não se pode buscar a Deus sem confiar Nele. E não se obtém vitória eficaz sem buscar a Ele. Portanto, ela é requisito essencial para vencer aniquilando mortalmente o inimigo. Outra coisa: note que a conjugação verbal do versículo-tema denota ação continua. Ou seja, devemos manter a nossa visão Nele diante do fator tempo, que serve apenas para provar a nossa resistência e revalidar a confiança. Dessa forma, confiar implica em um comportamento de persistência, inclusive ante a progressão do problema.

Assim aconteceu com Josafá. O inimigo era grande, eles nao tinham forças para vence-lo e nem sabiam o que fazer (2Cr 20.12, parte "b"). Porém, orou Josafá encontrou o que procurava. Os olhos daquela nação estavam postos num Deus fiel, que responde orações (2Cr 20.15-17) e que toma para Si a afronta assumindo a titularidade do problema (2Cr 20.15). Além disso Ele concede a vitória de maneira inusitada e extraordinária. Que vitória notável! Eles não precisaram dispender nenhuma força humana para ganhar aquela peleja. Vencer uma batalha sem utilizar armamamento bélico?! Sem ferir ou matar nenhum dos seus soldados?! Sem ter perdas de espécie alguma?! Que vitória sensacional diante de uma luta iminente! Eles apenas usaram a arma mais poderosa que há para o dia da batalha: a adoração a Deus. E enquanto louvavam, Deus fez o exercito inimigo se auto destruir. "Porque as armas da nossa milícia não são carnais, mas sim, poderosas em Deus, para destruição das fortalezas" (2Co 10.4). Essa é a maneira como Deus gosta que lutemos.

"Porque, certamente, te salvarei, e não cairás à espada; mas a tua alma terás por despojo, porquanto confiaste em mim, diz o Senhor" (Jr 39.18). Essa promessa é para todos nós. Mas dela só desfruta os que escolhem pôr os olhos no Senhor aguardando o triunfo que Dele vem! Colocando o Senhor na guerra, não há inimigos invencíveis. Você vencerá com honras e quem sabe, com a espada na bainha!

Deus te abençoe, amado!


 Gileani Araújo

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